Com um extenso currículo, Elek traduziu importantes obras de autores do leste europeu, como “Jogo de Cena em Bolzano”, de Sándor Márai, e “A Porta”, de Magda Szabó. Sua paixão pelos livros a levou a ingressar no mercado editorial nos anos 1990, atuando como editora na Ágora e sendo responsável pela publicação de “Comunicação Não Violenta” de Marshall Rosenberg. Suas contribuições para a popularização das ideias desse livro foram fortes e duradouras, ultrapassando os limites da psicologia.
Na década seguinte, Elek iniciou seu trabalho de tradução de obras de autores húngaros para editoras renomadas no Brasil, como Companhia das Letras, Intrínseca e Nova Fronteira. Além disso, ela também publicou seu primeiro livro de poemas, “Pedaço de Mim”, que trata de temas como solidão, amor e arte. Seu segundo livro, “Cantiga de Exílio: Minha Pequena Tribo Húngara e Eu”, foi lançado em 2021, explorando sua relação biográfica com a Hungria.
Além de sua dedicação à literatura, Elek tinha uma paixão pela arte, pintando aquarelas como forma terapêutica. Essa paixão pela expressão artística se refletiu também em seu interesse pela música e poesia do cantor e compositor Leonard Cohen. Como avó amorosa, ela nunca perdia uma festa dos netos.
Seu legado é deixado também por seus filhos, Madalena e Cassiano Elek Machado, e seus três enteados, Paulo, Renata e Rogério Wassermann, além de oito netos. A memória de Edith Elek será eternizada não apenas por seus feitos profissionais, mas também pela influência positiva que exerceu sobre sua família e pelas contribuições significativas que deixou no mundo da literatura. A jornalista, tradutora e poeta deixa saudades e um legado de inspiração para as futuras gerações.






