Os moradores, que ainda se recuperam do impacto da inundação, foram vistos nesta terça-feira (14) lutando para limpar suas casas, removendo o barro e os destroços que sobraram da tragédia. A enchente do rio Pardinho, que separa a área urbana em dois, atingiu três metros de altura, inundando todas as residências e estabelecimentos da região central da cidade.
Após catorze dias, o grosso da lama foi removido, mas as ruas continuam enlameadas, a água e a energia ainda são escassas em muitos pontos e mais de 90% do comércio permanece fechado. As agências bancárias não estão em operação e os moradores ainda lutam para limpar e reconstruir suas casas.
Um dos moradores afetados pela enchente, Ernani Vitalis, mostrou à reportagem sua residência, já sem o grosso da lama. Enquanto caminhava pela casa, ele apontava para os cantos, mostrando os pertences que foram destruídos pela água. Apesar do cenário desolador, Ernani mostrou uma televisão que escapou ilesa da tragédia, tornando-se um símbolo de esperança em meio à devastação.
O gerente comercial Eunísio Vitalis, filho de Ernani, também foi visto se dedicando à limpeza e reconstrução da loja de eletrodomésticos em que trabalha. Enquanto limpava os destroços da loja, ele relatou os danos causados pela enchente e a estratégia para retomar as atividades.
Outros comerciantes da região, como Samuel Schulz, também contabilizaram grandes prejuízos em suas lojas. Schulz relatou o desafio de recuperar o negócio e ajudar a comunidade a se reerguer após a tragédia. Apesar dos prejuízos financeiros, muitos moradores demonstram resiliência e determinação para reconstruir suas vidas e seguir em frente, contando com a solidariedade e ajuda de pessoas de municípios vizinhos.
A cidade de Sinimbu, ainda marcada pelos efeitos da enchente, mostra que a superação e a união da comunidade podem ser os pilares para a reconstrução após uma catástrofe natural. A população local, mesmo diante dos desafios, mantém a esperança de um futuro melhor e o otimismo de se erguer aos poucos.