A liderança da empresa também está sob escrutínio, com especulações sobre o futuro do CEO Carlos Tavares. Após uma série de aquisições para consolidar a Stellantis como uma das maiores montadoras do mundo, Tavares enfrenta pressões internas sobre sua continuidade no cargo. A empresa afirmou que está avaliando quem deve liderar a empresa quando o contrato de Tavares expirar no início de 2026, criando incertezas sobre o caminho futuro da Stellantis.
Os problemas da Stellantis nos EUA têm impacto direto em suas operações, já que mais da metade de seus lucros no primeiro semestre de 2024 vieram do mercado norte-americano. Com quedas na participação de mercado e altos estoques de veículos não vendidos, a empresa enfrenta críticas de diretores de concessionárias e do sindicato UAW.
As concessionárias da Stellantis estão irritadas com as decisões que favorecem lucros de curto prazo, levando à deterioração das marcas icônicas da empresa nos EUA. Os concessionários culpam a liderança da empresa por problemas de estoque excessivo e falta de uma estratégia clara para recuperar a participação de mercado.
Apesar de medidas como descontos e redução de preços em modelos específicos, a Stellantis ainda enfrenta desafios para reviver suas vendas. Com a pressão por redução da produção e cortes de empregos, a empresa precisa lidar com a insatisfação de seus funcionários e parceiros comerciais.
A incerteza sobre o futuro da Stellantis e a gestão de crise em meio a uma série de desafios apresentam um cenário desafiador para a gigante automotiva, que busca soluções para reverter sua trajetória e recuperar sua posição no mercado.