A região afetada fica próxima à indústria química Unipar, que negou qualquer responsabilidade sobre o ocorrido. Enquanto isso, pescadores alertam para os riscos de consumir peixes da região afetada até que a causa da mortandade seja identificada. O MDV (Movimento em Defesa da Vida do ABC) está acompanhando o caso de perto e aguarda laudos para tomar as devidas providências.
A preocupação se estende até o braço do Rio Grande, em São Bernardo, onde a Sabesp realiza captação de água para abastecimento da Região Metropolitana. A empresa garante que não detectou anormalidades que possam prejudicar a qualidade da água distribuída à população.
A bióloga e professora da USCS, Marta Marcondes, ressalta que a situação é alarmante e algo precisa ser feito com urgência. As análises dos peixes e da água estão sendo feitas no laboratório do IPH-USCS e os resultados devem sair em breve. A baixa quantidade de oxigênio na água preocupa os especialistas, indicando condições inadequadas para a vida aquática.
Diante do cenário, a Unipar reforçou que não é responsável pela mortandade de peixes no Rio Grande e se colocou à disposição para colaborar com as investigações. Até o momento, os órgãos competentes como Cetesb e EMAE não forneceram informações sobre o caso. A população e os ambientalistas aguardam ansiosos por respostas e esperam que medidas eficazes sejam tomadas para evitar novas tragédias ambientais como essa.