A notícia da soltura de Martins foi divulgada pela sua defesa e ocorreu após o pedido da Procuradoria-Geral da União (PGR) que argumentou a falta de motivos para a manutenção da prisão. A PGR destacou que as investigações não conseguiram comprovar a saída de Martins do país, apesar da suspeita levantada pela PF de que ele teria viajado para os Estados Unidos com Bolsonaro em dezembro de 2022, com o intuito de fugir das investigações.
Além disso, o relatório da PF apontava que Martins teria sido o autor intelectual de uma minuta para um decreto de golpe de Estado, apresentada diretamente a Bolsonaro. No entanto, a defesa de Martins nega veementemente qualquer envolvimento do ex-assessor em um suposto esquema golpista.
A operação Tempus Veritatis investiga a existência de uma organização criminosa no alto escalão do governo Bolsonaro, suspeita de planejar uma tentativa de golpe para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e manter Bolsonaro no poder. O próprio presidente também está sob investigação no caso.
Com a revogação da prisão de Filipe Martins, o caso continua em andamento e novos desdobramentos podem surgir nas próximas semanas. A decisão do ministro Alexandre de Moraes repercutiu no cenário político nacional e coloca em evidência as tensões e investigações em torno do governo Bolsonaro.