Ministro do STF determina extradição de Justin Murphy por crimes financeiros nos EUA e aguarda cumprimento das autoridades brasileiras.

No último mês de fevereiro, durante um depoimento à Justiça brasileira, Justin Murphy expressou o seu desejo de ser extraditado “o mais breve possível”. O proprietário e operador da Mara Investment Group, uma empresa de gestão de investimentos financeiros, é acusado de uma série de crimes nos Estados Unidos, incluindo fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Em maio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, decidiu pela extradição de Murphy, mas até o momento a ação não foi efetivada. No último dia 19, Mendonça reiterou a necessidade de o Ministério da Justiça e Segurança Pública realizar os trâmites necessários junto ao governo dos EUA para que a extradição seja concretizada.

Três dias após a decisão do ministro, Rodrigo Sagastume, coordenador-geral de Extradição e Transferência de Pessoas Condenadas do ministério, respondeu em ofício que “está sendo dado prosseguimento aos trâmites da entrega do senhor Murphy”. O processo de extradição envolve uma série de procedimentos legais e diplomáticos que precisam ser seguidos à risca.

Os documentos apresentados pelo FBI revelam que Murphy teria cometido os crimes entre o ano de 2016 e setembro de 2022, em Connecticut e em outras localidades. Os investidores, que acreditavam estar aplicando seu dinheiro de forma lucrativa e segura, foram enganados pelo empresário, que desviava parte dos fundos para contas bancárias sob seu controle.

Além disso, Murphy é acusado de fornecer demonstrações financeiras falsas para ocultar as fraudes e de realizar operações de lavagem de dinheiro em cinco ocasiões. A extradição do empresário norte-americano é aguardada com expectativa pelas autoridades brasileiras e deve ser concluída nos próximos meses, seguindo os trâmites legais estabelecidos entre os dois países.

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