O motivo da investigação foi uma declaração polêmica feita por Feltrin durante uma transmissão ao vivo pelo Instagram na presença do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, o prefeito sugeriu que uma homenagem a Moraes seria colocá-lo na guilhotina. A atitude foi considerada como incitação ao crime e gerou repercussão negativa.
Após a repercussão do caso, Feltrin divulgou uma nota em que tentou se justificar, alegando que se tratava apenas de uma brincadeira usando o nome de Moraes. No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, considerou a conduta do prefeito grave e solicitou a abertura da investigação ao Supremo.
O ministro Alexandre de Moraes determinou que a PF investigue o caso no prazo de 60 dias e retirou o sigilo sobre a investigação. Segundo a decisão, as investigações devem apurar não apenas o caso específico envolvendo o prefeito de Farroupilha, mas também a existência de uma organização criminosa que estaria envolvida em ataques contra adversários políticos e instituições públicas.
A atitude do ministro em autorizar a investigação reflete a importância de se combater discursos que incitem a violência e atentem contra a integridade das autoridades. A decisão de Moraes reforça a responsabilidade dos políticos em exercer seus cargos com respeito às leis e às instituições democráticas, além de mostrar que atitudes que vão contra esses princípios não serão toleradas.