Ministro do STF, André Mendonça, reverte decisão anterior e resolução do TSE sobre federações partidárias nas eleições será aplicada.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, decidiu reconsiderar sua própria decisão em relação à participação de federações partidárias nas eleições. Em uma reviravolta, Mendonça reverteu sua posição anterior e decidiu que a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que impede uma federação partidária de participar das eleições caso um dos partidos que a compõem não preste contas à Justiça Eleitoral será novamente aplicada.

A mudança de decisão do ministro foi motivada por informações recebidas do TSE, que apontaram dificuldades técnicas na implementação da alteração. Segundo a assessoria consultiva do tribunal, não haveria tempo hábil para realizar as mudanças necessárias nos sistemas eleitorais, como o sistema de candidaturas, o cálculo do tempo de horário eleitoral gratuito e a totalização dos votos para cumprir a decisão anterior.

“Após reavaliar a medida cautelar com base nos novos elementos apresentados, e considerando a superação de um de seus requisitos, decido pelo seu indeferimento”, afirmou Mendonça em sua nova decisão.

A questão da restrição imposta pela resolução do TSE foi objeto de uma ação de inconstitucionalidade movida por partidos como PV, PSDB, Cidadania, PCdoB, PT, PSOL e Rede Sustentabilidade no Supremo Tribunal Federal em abril deste ano. Esses partidos alegavam que a restrição não estava prevista na legislação e poderia impedir a participação de algumas federações partidárias nas eleições.

Com a revogação da decisão anterior do ministro Mendonça, as regras eleitorais voltam a ser aplicadas na atual configuração, o que impacta diretamente na participação das federações partidárias nas próximas eleições. A decisão representa um novo capítulo na controvérsia em torno das regras eleitorais e da participação dos partidos políticos no processo democrático do país.

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