A renúncia de Gantz não representa imediatamente uma ameaça para Netanyahu, já que o primeiro-ministro ainda controla uma coligação majoritária no parlamento. No entanto, a saída de Gantz o torna mais dependente de seus aliados de extrema-direita, o que pode enfraquecer sua posição no governo.
Gantz, que lidera o partido centrista Unidade Nacional, estabeleceu um prazo para que o gabinete de guerra apresentasse um plano para encerrar o conflito em Gaza e garantir a libertação de reféns israelenses mantidos pelo Hamas. Sua renúncia ocorre depois que o prazo estabelecido não foi cumprido.
A presença de Gantz no governo de Netanyahu era vista como uma demonstração de unidade em um momento de crise, após o ataque do Hamas em outubro do ano passado. Além disso, sua atuação aumentou a credibilidade de Israel perante parceiros internacionais, em especial os Estados Unidos.
Agora, com a saída de Gantz, Netanyahu terá que lidar com novos desafios políticos e possíveis mudanças em sua base de apoio. A renúncia do ministro da Guerra representa mais um capítulo na turbulenta política israelense, refletindo a complexidade das relações de poder no país do Oriente Médio.