Ministro da Fazenda insiste na reoneração da folha de pagamentos, mesmo após declaração de revogação da medida provisória pelo presidente do Senado.

Na última sexta-feira, 19 de fevereiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a equipe econômica pretende persistir na reoneração gradual da folha de pagamentos, mesmo após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmar que a medida provisória (MP) que restabelece impostos sobre salários será revogada. Em meio a questionamentos dos jornalistas, Haddad evitou dizer se a iniciativa mencionada por Pacheco já havia sido acordada com o governo e destacou que ainda não teve a oportunidade de conversar com o presidente do Senado após a declaração feita mais cedo. “Eu tentei falar com Pacheco depois da fala e não consegui”, afirmou o ministro.

De acordo com Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda pretende ter uma conversa com o senador para discutir o tema. Segundo o chefe da equipe econômica, Pacheco entende que os quatro temas abordados na MP editada no final do ano – reoneração da folha, benefício previdenciário a prefeituras, limitação ao uso de créditos tributários obtidos na Justiça e extinção gradual do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (Perse) – deveriam ser tratados separadamente pelo Congresso.

“O que estou dizendo, o que o presidente Pacheco falou, e levei a Lula, é que dos quatro temas, dois ainda não foram tratados pelo Congresso, créditos e Perse, e dois poderiam ser tratados de outra forma. Falei isso a Lula, e Lula disse ‘quero me sentar para discutir isso’, e isso sobre a forma, não o mérito”, explicou Haddad.

Neste contexto, a movimentação política e econômica do governo tem gerado discussões e expectativas quanto ao desfecho sobre a reoneração gradual da folha de pagamentos, que segue como um ponto de atenção e interesse para diversos setores da sociedade.

Assim, a agenda econômica e as decisões governamentais continuam no centro das atenções, com a busca por diálogo e entendimento entre as diferentes esferas políticas e sociais. O desfecho final sobre a reoneração da folha de pagamentos permanece em aberto, gerando uma expectativa sobre os próximos passos e desdobramentos dessa questão no cenário nacional.

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