“A reforma tributária não é um projeto de governo. Um governo precisa, obviamente, impulsioná-la. Mas acho que um dos grandes méritos dessa reforma é que, apesar de eu ter anunciado como prioridade do meu primeiro ano de gestão, eu nunca tomei ela para o governo”, disse o ministro durante sua participação na Conferência Itaú Macro Vision, em São Paulo.
O Senado aprovou na quarta-feira (8) o texto da reforma tributária com placar de 53 votos a 24, tanto no primeiro quanto no segundo turno. A proposta exigia ao menos 49 votos dos 81 senadores para sua aprovação. Como a PEC passou por mudanças no Senado, ela precisa retornar à Câmara dos Deputados para uma nova votação.
Haddad ressaltou o respeito às duas Casas do Congresso que trabalharam na reforma, sem tentar se apropriar do trabalho coletivo. Ele também destacou a importância do desprendimento, espírito público e capacidade de negociação para a realização de pautas econômicas no atual cenário político do país.
Além disso, o ministro da Fazenda comentou sobre a redução da taxa básica de juros, a taxa Selic, realizada pelo Banco Central na semana anterior. Segundo Haddad, o ciclo de cortes na taxa poderia ter sido iniciado mais cedo, e ainda não surtiu o efeito esperado na economia.
“Eu acho que o ciclo [de queda] começou um pouco tarde. Acho que a gente poderia ter começado com 0,25, duas reuniões antes. Mas, ainda assim, o ciclo de corte, que começou em agosto, ainda não surtiu efeito”, declarou. A diminuição da taxa Selic atingiu 12,25% ao ano, após a terceira redução seguida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.
A discussão sobre a reforma tributária e a gestão da política econômica no país continuam a ganhar destaque no cenário político e econômico brasileiro, refletindo as expectativas da população em relação aos rumos do país.
