Durante uma entrevista coletiva nesta sexta-feira, 19, Haddad enfatizou que a reforma tributária abordou apenas o imposto sobre consumo, deixando de lado a questão da renda do trabalho e do capital. Ele destacou que, apesar de terem sido destinados R$ 150 bilhões em desonerações, não houve geração significativa de empregos e aumento de salários. Para o ministro, diante de situações semelhantes, é crucial adotar uma abordagem gradual, assim como a reforma tributária fez.
Haddad adiantou que pretende levar esse princípio para as reuniões que terá com os líderes do Congresso para discutir a Medida Provisória da reoneração. Ele ressaltou a importância de considerar a diluição no tempo dos benefícios, questionando se não seria um bom princípio a ser aplicado ao imposto previdenciário. O ministro revelou que tem agendadas duas reuniões e que, após falar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, voltará a compartilhar mais informações com a imprensa.
A MP da reoneração, que retoma impostos sobre salários, tem gerado polêmica e divide opiniões no Congresso. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou pela manhã que a medida provisória será revogada, o que indica um cenário de embate e negociação entre o governo e o Legislativo.
Diante desse contexto, as declarações do ministro Haddad reforçam a postura do governo em relação à reoneração gradual da folha de pagamentos, buscando explicar e justificar a proposta em meio a uma agenda econômica desafiadora. O tema promete continuar gerando debates e análises no cenário político e econômico nas próximas semanas.