Ministro da Defesa afirma que o Brasil não será instrumento de incidente diplomático em crise envolvendo a Venezuela e a Guiana.

Ministro da Defesa brasileiro, José Múcio Monteiro, afirma que o Brasil não será “instrumento de incidente diplomático” na crise entre Venezuela e Guiana

Em uma declaração dada a jornalistas nesta sexta-feira (8), o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, assegurou que o Brasil não será usado como peão em um eventual incidente diplomático envolvendo a crise entre Venezuela e Guiana. A crise se mantém tensa devido às ameaças do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, de invadir a Guiana para anexar a região de Essequibo, rica em petróleo.

A declaração de Monteiro foi feita antes de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual a escalada da tensão na fronteira foi abordada. O Exército brasileiro já tomou medidas para se precaver diante da possibilidade de conflito, tendo decidido antecipar o envio de 16 blindados para a cidade de Boa Vista, em Roraima, ainda esta semana. Essa antecipação foi considerada prudente devido à crescente ameaça de um possível conflito com a Venezuela.

Os blindados em questão, modelo Guaicuru, têm capacidade para transportar até cinco pessoas e seriam strategicos em caso de uma ameaça concreta de invasão terrestre por parte da Venezuela. Além disso, o território brasileiro é visto como um obstáculo significativo para um deslocamento eficaz das tropas venezuelanas até a Guiana. O Exército acredita que uma ação invasiva teria de ocorrer pelo território brasileiro.

A tensão na região se intensifica à medida que Maduro usa a possível anexação da Guiana como uma estratégia política em vista das eleições presidenciais de 2024. No entanto, membros do Exército brasileiro consideram a invasão de um país amigo um erro impensável por parte de Maduro, levando em conta as relações amigáveis entre Brasil e Venezuela desde a eleição de Lula.

O presidente brasileiro demonstrou crescente preocupação com o aumento das tensões, afirmando em discurso na Cúpula do Mercosul que não quer que a questão se torne uma ameaça à paz e à estabilidade na América do Sul. Lula enfatizou a importância da paz para o desenvolvimento do país e para a melhoria da vida do povo brasileiro, reforçando a necessidade de construir relações pacíficas na região.

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