Ministro cobra plano das empresas aéreas para conter aumento no custo das passagens em até 10 dias

Governo cobra plano das empresas aéreas para conter aumento de passagens

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou que as empresas aéreas terão um prazo de até 10 dias para apresentar um plano ao governo federal visando conter o aumento dos preços das passagens. A decisão veio após uma reunião do ministro com representantes das companhias aéreas em Brasília na noite da última terça-feira.

Costa Filho criticou os aumentos que chamou de “abusivos” em alguns trechos, em contraponto ao cenário internacional em que houve reajustes nas passagens aéreas. Ele destacou a importância de dialogar e buscar alternativas que convencem as companhias aéreas sobre a necessidade de baixar os preços das passagens.

Contudo, o ministro reconheceu que o setor aéreo foi um dos mais afetados durante a pandemia, destacando que o mercado brasileiro representa mais de 70% da judicialização do segmento em todo o mundo, com impactos anuais de R$ 1 bilhão para as empresas de aviação.

De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as passagens aéreas subiram 23,70% em outubro, contribuindo para o maior impacto na inflação oficial do país no mês passado. Em contraponto, Costa Filho ressaltou que o preço do querosene da aviação baixou cerca de 14% este ano, o que poderia indicar uma discrepância entre os custos e os valores cobrados pelas empresas.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) se pronunciou em nota, afirmando estar à disposição para debater com o governo federal formas de estimular políticas públicas que contribuam para o aumento do número de pessoas que viajam de avião e o atendimento a novos destinos. A associação ressaltou que as empresas que a compõem aderiram ao Programa Voa Brasil e estão alinhadas com o objetivo do governo de ampliar a oferta de passagens aéreas com preços competitivos.

No entanto, o ministro deu a entender que, se as empresas aéreas não apresentarem um plano satisfatório dentro do prazo estipulado, o governo poderá tomar medidas mais diretas para conter o aumento dos preços das passagens. A expectativa é que o diálogo entre o governo federal e as companhias aéreas resulte em ações que beneficiem a população brasileira, possibilitando viagens aéreas mais acessíveis e ampliando o alcance do transporte aéreo no país.

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