A Polícia Federal (PF), responsável pelo pedido de investigação ao STF, pretende apurar se Zambelli intermediou a viagem de uma influenciadora digital à Espanha para se encontrar com o general Hugo Carvajal, ex-chefe do serviço de inteligência da Venezuela. Carvajal, conhecido por ser aliado do falecido presidente Hugo Chávez, foi preso em 2021 no país europeu.
A suspeita é de que a viagem tenha como objetivo obter informações sobre o suposto financiamento da Venezuela a governos de esquerda, incluindo o Brasil, com o intuito de criar uma narrativa para questionar a legitimidade do resultado das eleições de 2022. A viagem foi mencionada em um dos depoimentos prestados à PF pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que também está sob investigação no inquérito do STF relacionado aos atos golpistas de janeiro de 2023.
A assessoria de imprensa de Carla Zambelli emitiu uma nota afirmando que a deputada ainda não foi informada sobre a investigação, mas está disponível para prestar esclarecimentos. Segundo a nota, Zambelli só poderá se pronunciar após ter acesso aos detalhes da investigação, porém está disposta a colaborar com as autoridades e esclarecer qualquer dúvida.
Além disso, Zambelli também é alvo de processos penais no STF por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por perseguir um homem com arma durante as eleições de 2022. A deputada segue sob forte escrutínio e deve enfrentar desafios legais adicionais com a abertura dessa nova investigação.