Para cumprir a meta de déficit zero em 2025, o governo federal terá que realizar um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias. A equipe econômica está revisando os gastos com programas sociais, em busca de fraudes, erros e desperdícios para otimizar os recursos públicos.
Durante o evento Expert XP em São Paulo, a ministra destacou os esforços realizados nos últimos anos para conter gastos, salientando que conseguiram cortar quase R$ 12 bilhões do Bolsa Família sem prejudicar os beneficiários. No entanto, para alcançar a meta em 2026, serão necessárias novas revisões nos gastos públicos, visando o Orçamento do próximo ano.
Simone Tebet ressaltou a importância da integração das políticas públicas e a modernização das vinculações de benefícios para otimizar os recursos disponíveis. Ela também mencionou a necessidade de avaliar os gastos sob a ótica das receitas, principalmente os subsídios e gastos tributários, que representam cerca de 6% do PIB brasileiro.
Os subsídios tributários, financeiros e creditícios concedidos pelo governo atingiram R$ 646 bilhões em 2023, levantando preocupações sobre a efetividade dessas políticas. Tebet enfatizou a importância de revisar esses subsídios para garantir que estejam realmente atendendo ao interesse público e contribuindo para o crescimento econômico do país.
Em relação à possibilidade de desvinculação de aposentadorias do salário mínimo, a ministra descartou essa medida, destacando a importância de preservar benefícios como o BPC e o abono salarial. O desafio agora é encontrar maneiras de modernizar as políticas públicas e otimizar os recursos disponíveis para alcançar o déficit fiscal zero até 2026.