Durante seu pronunciamento, a ministra exaltou a recente aprovação de uma regra pelo CNJ que visa promover a paridade de gênero nos tribunais de segunda instância. A medida estabelece que, sempre que houver a necessidade de indicação para uma vaga nessas instâncias, a escolha deverá ser feita de modo alternado entre homens e mulheres, garantindo equidade e representatividade.
Rosa Weber ressaltou a importância dessa conquista e destacou o papel fundamental das mulheres na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. “As mulheres são protagonistas de suas próprias histórias e têm muito a contribuir para o aprimoramento da justiça em nosso país”, enfatizou a ministra. “Hoje, celebramos um avanço rumo à maior representatividade feminina nos tribunais”, completou.
A implantação da regra aprovada pelo CNJ é parte de uma série de medidas que buscam garantir uma maior diversidade e inclusão no sistema judiciário nacional. Ainda no discurso, a ministra pontuou a necessidade de se combater o machismo estrutural presente nas instituições, afirmando que é preciso eliminar as barreiras que dificultam a ascensão profissional das mulheres.
A declaração de Rosa Weber configura-se como uma resposta direta às recentes declarações do ex-presidente Lula, que descartou a possibilidade de considerar a diversidade como critério em sua próxima indicação para o STF. A fala do ex-presidente gerou polêmica e levantou debates acerca da importância da representatividade de gênero nesse cenário.
Diante desse contexto, a ministra Rosa Weber mostrou-se sensível à causa e reforçou seu compromisso em promover a igualdade de gênero dentro do sistema judiciário. Ainda que a escolha do próximo ministro do STF não esteja sob sua responsabilidade, ela demonstrou que a luta pela equidade e pela inclusão não pode ser negligenciada.
No encerramento de seu discurso, a ministra Rosa Weber conclamou as mulheres a seguirem firmes na luta por seus direitos e ocuparem cada vez mais espaços de poder. “Não podemos retroceder. Devemos seguir avançando na construção de uma sociedade justa e igualitária para todas e todos”, finalizou.
