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Ministra Rosa Weber promove paridade de gênero em tribunais de segunda instância durante sua presidência no CNJ

Na tarde desta quarta-feira (data), a ministra Rosa Weber, presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), emocionou-se ao proferir um discurso pautado na importância da diversidade e representatividade de gênero no sistema judiciário brasileiro. A declaração ocorre um dia após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que não considera o critério da diversidade em sua próxima indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante seu pronunciamento, a ministra exaltou a recente aprovação de uma regra pelo CNJ que visa promover a paridade de gênero nos tribunais de segunda instância. A medida estabelece que, sempre que houver a necessidade de indicação para uma vaga nessas instâncias, a escolha deverá ser feita de modo alternado entre homens e mulheres, garantindo equidade e representatividade.

Rosa Weber ressaltou a importância dessa conquista e destacou o papel fundamental das mulheres na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. “As mulheres são protagonistas de suas próprias histórias e têm muito a contribuir para o aprimoramento da justiça em nosso país”, enfatizou a ministra. “Hoje, celebramos um avanço rumo à maior representatividade feminina nos tribunais”, completou.

A implantação da regra aprovada pelo CNJ é parte de uma série de medidas que buscam garantir uma maior diversidade e inclusão no sistema judiciário nacional. Ainda no discurso, a ministra pontuou a necessidade de se combater o machismo estrutural presente nas instituições, afirmando que é preciso eliminar as barreiras que dificultam a ascensão profissional das mulheres.

A declaração de Rosa Weber configura-se como uma resposta direta às recentes declarações do ex-presidente Lula, que descartou a possibilidade de considerar a diversidade como critério em sua próxima indicação para o STF. A fala do ex-presidente gerou polêmica e levantou debates acerca da importância da representatividade de gênero nesse cenário.

Diante desse contexto, a ministra Rosa Weber mostrou-se sensível à causa e reforçou seu compromisso em promover a igualdade de gênero dentro do sistema judiciário. Ainda que a escolha do próximo ministro do STF não esteja sob sua responsabilidade, ela demonstrou que a luta pela equidade e pela inclusão não pode ser negligenciada.

No encerramento de seu discurso, a ministra Rosa Weber conclamou as mulheres a seguirem firmes na luta por seus direitos e ocuparem cada vez mais espaços de poder. “Não podemos retroceder. Devemos seguir avançando na construção de uma sociedade justa e igualitária para todas e todos”, finalizou.

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