O episódio ocorreu em julho deste ano e envolveu filhos de embaixadores africanos e de um diplomata canadense, além de um adolescente brasileiro branco. Segundo relatos, os policiais abordaram os jovens de forma truculenta, com armas em punho, obrigando-os a encostar em uma parede para uma revista humilhante, que incluiu a exposição das partes genitais.
Durante a abordagem, os policiais teriam alertado os adolescentes sobre a prática de crimes na região e ameaçado com futuras revistas ainda mais agressivas. O caso foi amplamente divulgado e gerou indignação, com o jornalista Ricardo Noblat denunciando a violência racista sofrida pelos jovens.
Câmeras de segurança registraram o momento da abordagem, que ocorreu após relatos de um roubo na região. A Polícia Civil, que inicialmente não identificou racismo na ação dos policiais, concluiu depois que a abordagem foi inadequada e discriminatória.
Os adolescentes, vindos de Brasília para passar férias no Rio de Janeiro, acabaram sendo vítimas de abuso de autoridade pelas forças de segurança. O Itamaraty pediu desculpas pelos constrangimentos e o governador do estado, Cláudio Castro, criticou a postura dos policiais e prometeu investigar o caso.
Diante das denúncias do Ministério Público, os policiais envolvidos podem responder criminalmente pelos atos cometidos durante a abordagem dos adolescentes, refletindo a urgente necessidade de combate ao racismo e abuso de poder nas instituições de segurança pública.