As obras, que foram paralisadas em novembro, incluem um prédio ao lado do Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, que está em construção há mais de quatro anos. O contrato inicial, no valor de R$ 22,2 milhões, teve vários aditivos que elevaram o custo total da obra para R$ 37 milhões, um aumento de quase 70%. Apesar do prazo inicial de 20 meses para conclusão, o prédio permanece incompleto após mais de quatro anos.
Além da obra na capital, a empreiteira também estava contratada para construir novas unidades do Ministério Público em São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, no interior. Essas contratações, embora mais recentes, também foram suspensas como parte das investigações em andamento.
A decisão foi tomada pela diretoria-geral da instituição, com o aval do então procurador-geral de Justiça, Mário Sarrubbo, que atualmente chefia a Secretaria Nacional de Segurança Pública do governo Lula. A empresa responsável pelas obras, Incorplan Engenharia, não respondeu aos contatos da imprensa até o momento da publicação.
O Ministério Público destacou que os pagamentos à empreiteira e os serviços foram suspensos como medida de preservação do interesse público, enfatizando que não efetuou o pagamento total das obras. Foi instaurada uma investigação nos âmbitos administrativo, cível e criminal para apurar possíveis irregularidades na mensuração da obra e na execução do projeto, envolvendo tanto a empresa quanto servidores da instituição, que já foram exonerados de suas funções.
Diante da situação, o Ministério Público garantiu que tomará as medidas necessárias para a devida reparação e reafirmou seu compromisso com a transparência e a integridade em suas ações. A notícia repercutiu amplamente, levando a questão da fiscalização e transparência na execução de obras públicas novamente para o centro dos debates.






