Essa descentralização tem como objetivo principal aumentar o número de pontos de atendimento para pacientes que sofrerem acidentes com serpentes, por exemplo. A ideia é reduzir o tempo de socorro, minimizando os riscos de morte e sequelas permanentes. Segundo a pasta ministerial, essa mudança é parte de um processo inédito que visa beneficiar essa população vulnerável.
O Ministério da Saúde destaca que os distritos indígenas foram priorizados devido à sua maior vulnerabilidade, já que os números apontam que há um risco quatro vezes maior de acidentes com animais peçonhentos nesse grupo. Além disso, a letalidade nesses casos é seis vezes maior entre os indígenas, justificando a importância dessa ação.
O plano do governo federal é expandir essa reestruturação para todos os estados da Região Norte ao longo do tempo, uma vez que essa região registra o maior número de casos e óbitos por acidentes desse tipo. Os casos mais graves continuarão sendo encaminhados para hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para apoiar essa iniciativa, o Ministério da Saúde está investindo em recursos como caixas térmicas, freezers para transporte e acondicionamento do soro antiofídico, e o treinamento de profissionais de saúde. Além disso, estão estudando a possibilidade de aumentar o número de produtores credenciados para a fabricação desse soro, a fim de garantir um abastecimento adequado. A previsão é que até 2025 existam três laboratórios produzindo o soro antiofídico no país.