Milhares se unem para resgatar vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul, enquanto exército de fake news se mobiliza online

As enchentes que assolam o Rio Grande do Sul têm mobilizado milhares de agentes do poder público e voluntários que trabalham incansavelmente para resgatar as vítimas e prestar auxílio às pessoas afetadas. No entanto, em meio a essa tragédia, surgem problemas causados pela disseminação de informações falsas nas redes sociais.

De acordo com as autoridades do estado, as fortes chuvas já causaram a morte de pelo menos 78 pessoas e deixaram outras 105 desaparecidas até o momento. Cerca de 115 mil pessoas estão desalojadas e 341 dos 497 municípios gaúchos foram afetados pelas enchentes, impactando aproximadamente 844 mil pessoas.

Enquanto o socorro às vítimas se intensifica, a circulação de fake news também ganha destaque. No último fim de semana, diversos boatos falsos ganharam espaço nas redes sociais, como a informação de que o governo estaria multando os barqueiros responsáveis pelos resgates e de que o governo federal teria financiado o show da Madonna no Rio de Janeiro.

O governo do Rio Grande do Sul teve que desmentir essas informações e ressaltou que não há exigência de habilitação para condução dos barcos utilizados nos socorros. Além disso, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência negou qualquer ligação entre o show da Madonna e a tragédia no estado, esclarecendo que o evento foi financiado por empresas privadas.

A disseminação de fake news durante momentos de crise como esses atrapalha o trabalho das autoridades e dos agentes de resgate, desviando a atenção para problemas falsos e gerando pânico desnecessário. A desinformação também pode ter impactos diretos na segurança das pessoas, como no caso de barragens de hidrelétricas em situação de risco iminente de rompimento, que exigem a retirada imediata de famílias para preservar vidas.

Especialistas alertam sobre a “repolarização” das narrativas nesse contexto, onde as fake news se proliferam e fortalecem posicionamentos ideológicos já existentes. Além disso, a profissionalização das fake news, que envolve a monetização da desinformação, se torna um problema na disseminação de informações falsas e compromete a segurança das pessoas afetadas pelas enchentes.

Diante desse cenário, é essencial que a população se mantenha atenta e evite compartilhar informações duvidosas, verificando sempre a veracidade das notícias antes de repassá-las. A luta contra as fake news durante crises como essa é fundamental para garantir a segurança e a integridade das pessoas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

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