Em um movimento considerado surpreendente por parte de alguns críticos, Javier Milei, o líder do partido de extrema-direita Libertad Avanza, optou por se aproximar do sionismo. Os primeiros passos nesse caminho foram motivados por acusações de antissemitismo e nazismo nas redes sociais. Milei aceitou se encontrar com o economista Julio Goldstein e também entrou em contato com o diretor do movimento juvenil sionista Betar, Tomás Pener. Em seguida, foi apresentado ao rabino Axel Wahnish, que se tornou uma presença frequente em sua vida espiritual, já que Milei começou a visitá-lo regularmente em um centro religioso localizado no bairro de Palermo Soho.
Essa aproximação pode ser vista como verdadeira, já que Milei convidou o rabino Axel Wahnish para ser parte de sua equipe de colaboradores, e até mesmo o indicou como embaixador argentino em Israel, após sua vitória no segundo turno. A ligação de Milei com o sionismo ultrapassou os limites espirituais e atingiu também a área econômica, com a presença de empresários sionistas apoiando seu governo, fazendo dele um dos principais defensores do movimento sionista na Argentina.
O movimento sionista Jabad Lubavitch, do qual Wahnish é membro, tem influência em vários países e dá suporte a políticos e empreendedores. As negociações de Milei com sionistas também incluíram grandes empresários como Eduardo Elsztain e Gerardo Werthein, que possuem negócios em diversos setores, inclusive no de comunicação.
Apesar das críticas internacionais, o genocídio dos palestinos é uma realidade ignorada pela comunidade internacional, mas envolvendo grupos religiosos e empresariais israelenses que encontraram um apoio decisivo no novo governo de Milei. Esse cenário de aproximação entre Milei e o sionismo é extremamente contundente e deve ser acompanhado com atenção nos próximos anos.