Por precaução, as autoridades recomendaram evitar a comercialização e consumo de moluscos bivalves provenientes do litoral paulista. Um plano de contingência foi estabelecido em conjunto com as secretarias de Saúde, de Agricultura e Abastecimento, e de Meio Ambiente, incluindo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para lidar com a situação.
A Coordenadoria de Defesa Agropecuária anunciou a realização de coletas de amostras em fazendas marinhas na região, que serão enviadas para análise laboratorial. O objetivo é verificar se a toxina produzida pelas microalgas está acima dos limites permitidos na parte comestível dos moluscos. Enquanto isso, a Cetesb continua monitorando o deslocamento da floração das microalgas por meio de coletas de água do mar.
Especialistas apontam que as microalgas possivelmente migraram do Sul do país, onde incidentes de maré vermelha têm sido registrados desde junho. O professor Leonardo Rörig, da UFSC, destaca a importância do monitoramento constante desses fenômenos, alertando para os riscos à saúde causados pela presença de microalgas tóxicas em frutos do mar. Ele ressalta que as mudanças climáticas podem favorecer a ocorrência desses eventos, que são mais comuns durante o inverno.
Rörig também enfatiza a necessidade de sistemas de monitoramento em todos os estados costeiros do Brasil, a fim de proteger a saúde pública e prevenir problemas sanitários. No caso de São Paulo, ele destaca a importância de incluir pesquisa de espécies tóxicas nos monitoramentos existentes, para garantir a segurança da população litorânea contra esses problemas. A prevenção é fundamental para lidar com esses eventos e proteger a saúde dos consumidores.