Dentre os punidos, cinco funcionários foram demitidos, um foi suspenso por 29 dias e outros três, que possuem estabilidade sindical, foram suspensos sem remuneração para serem submetidos a um inquérito no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Essa medida será responsável por apurar a gravidade das faltas cometidas e decidir sobre uma possível demissão.
A direção do Metrô tomou essa decisão com base em provas, incluindo imagens, áudios e relatórios, que comprovaram a conduta irregular dos nove profissionais. A companhia considerou que a paralisação foi motivada por interesses privados e desrespeitou a legislação, uma vez que não foi anunciada previamente nem autorizada pela assembleia dos metroviários.
Segundo os operadores punidos, a paralisação foi um protesto contra advertências aplicadas a outros três funcionários da Linha 2-Verde. No entanto, é importante ressaltar que essas advertências não acarretavam em demissão ou redução salarial.
A paralisação resultou na paralisação dos trens e causou a falta de comunicação entre os usuários e as estações, já que os operadores deixaram seus postos e fecharam as estações. Houve protestos por parte dos passageiros e danos nas instalações, o que colocou em risco a integridade tanto do público quanto dos funcionários do Metrô.
Durante a paralisação, mais de 30 trens tiveram que ser evacuados e 49 estações fecharam suas portas. Vale ressaltar que as punições aplicadas não estão relacionadas à greve dos metroviários que ocorreu no dia 3 de outubro, quando o sindicato desrespeitou uma decisão judicial para manter as operações dentro dos limites impostos pelo Tribunal Regional do Trabalho.
A ação do Metrô de São Paulo em punir os operadores de trem que participaram da paralisação tem sido bastante discutida. Enquanto alguns apontam que a medida é justa, uma vez que os serviços essenciais à população foram prejudicados, outros defendem que a companhia precisa ouvir as reivindicações dos metroviários e buscar soluções para os problemas enfrentados pelos funcionários. A discussão sobre a relação entre os trabalhadores e a direção do Metrô certamente continuará a repercutir nos próximos dias.