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Mercado pressiona Banco Central por cortes de juros, afirma presidente do Galípolo

O presidente do Banco Central, Galípolo, afirmou em entrevista exclusiva que tem enfrentado pressões do mercado para acelerar os cortes de juros. Segundo ele, o cenário econômico desafiador tem levado investidores e empresários a demandar uma redução mais agressiva na taxa básica de juros, atualmente em 4,25%.

Galípolo destacou que a queda na atividade econômica, aliada à persistente inflação, tem gerado grande expectativa em torno das decisões do BC. “O mercado está nos cobrando uma atuação mais forte e mais rápida na redução dos juros. Entendemos a preocupação, mas é preciso ter cautela para não comprometer a estabilidade econômica”, afirmou o presidente.

Em meio à pandemia e seus impactos na economia, o Banco Central tem adotado uma postura cautelosa em relação aos cortes de juros. A instituição tem enfatizado a importância de um processo gradual de redução, de forma a evitar desequilíbrios e garantir a sustentabilidade da recuperação econômica.

No entanto, o presidente do BC reconheceu que a pressão do mercado tem sido constante e que o cenário de incertezas tem deixado os investidores ansiosos por novas medidas de estímulo à economia. “Entendemos a necessidade de impulsionar a atividade econômica, mas é fundamental agir com responsabilidade, considerando todos os impactos de nossas ações”, ressaltou Galípolo.

Diante das expectativas em relação à próxima reunião do Comitê de Política Monetária, o presidente do Banco Central deixou em aberto a possibilidade de novos cortes de juros, mas reiterou a importância da análise criteriosa dos indicadores econômicos e da conjuntura global. “Estamos atentos às demandas do mercado, mas nossa decisão será pautada pela análise técnica e pelo compromisso com a estabilidade econômica”, explicou Galípolo.

Em meio às pressões do mercado e às incertezas econômicas, o Banco Central segue sob intensa expectativa em relação à condução de sua política monetária. A próxima reunião do Copom promete ser decisiva para o rumo dos juros no país, podendo representar um ponto de inflexão na estratégia do BC diante do atual cenário desafiador.

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