Em dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aprovou mais um corte na Selic, reduzindo-a para 11,75% ao ano. Essa foi a quarta redução consecutiva promovida pelo Copom, que deixou clara a intenção de manter o ritmo de corte em 0,50 ponto porcentual nas próximas reuniões. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, enfatizou que essa política é válida para os encontros de janeiro e março de 2024, sinalizando a continuidade da flexibilização monetária.
O Copom reiterou que a extensão total do ciclo de flexibilização dependerá da evolução da inflação, da atividade econômica e de outros fatores. A atenção está voltada especialmente para os componentes mais sensíveis à política monetária, as expectativas de inflação a longo prazo, as projeções de inflação, o hiato do produto e o balanço de riscos. Esses elementos serão determinantes para as decisões futuras do Comitê.
Por outro lado, segundo o Relatório de Mercado Focus, as projeções para a Selic no fim de 2025 permanecem em 8,50%, a mesma estimativa registrada um mês antes. Para 2026 e 2027, as expectativas também se mantém em 8,50%, indicando uma certa estabilidade nas previsões para os próximos anos.
Esses números refletem a confiança do mercado na continuidade da política de corte na taxa de juros, buscando estimular a atividade econômica e controlar a inflação. A manutenção das expectativas para os próximos anos indica que os agentes econômicos estão trabalhando com a perspectiva de um cenário de juros mais baixos no médio e longo prazo.
Essas projeções são fundamentais para orientar as decisões de investidores, empresas e consumidores, uma vez que influenciam as taxas de financiamento, os custos de crédito e as estratégias de investimento. Portanto, a estabilidade das projeções para a taxa Selic sinaliza um ambiente de previsibilidade e permite um planejamento mais seguro para os agentes econômicos.