Apesar de a previsão para 2024 estar acima da meta de inflação estabelecida em 3% pelo Conselho Monetário Nacional, ainda se encontra dentro da margem de tolerância, que é de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A partir de 2025, o Brasil adotará o sistema de meta contínua, com uma meta fixa de inflação em 3% e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em julho, a inflação no país foi impulsionada principalmente pelo aumento dos preços da gasolina, passagens aéreas e energia elétrica, resultando em uma taxa de 0,38%, acima do índice registrado no mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA já atingiu 4,5%, no limite máximo da meta de inflação.
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic, atualmente em 10,5% ao ano. Mesmo diante de um cenário externo adverso e incertezas econômicas, a decisão mais recente do Copom foi manter a Selic estável. Após um ciclo de reduções que durou de agosto de 2023 a maio de 2024, a taxa tem se mantido inalterada.
As expectativas do mercado financeiro apontam que a Selic permanecerá em 10,5% ao ano até o final de 2024, com projeções de queda para os anos seguintes. Além da influência da Selic sobre os preços, outros fatores como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas impactam nas taxas de juros cobradas dos consumidores.
A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para este ano é de 2,2%, com expectativa de expansão de 1,92% em 2025 e de 2% em 2026 e 2027. Em 2023, a economia do país cresceu 2,9%, superando as previsões, enquanto em 2022 a taxa de crescimento foi de 3%.
Para o câmbio, a previsão é de que o dólar encerre o ano em R$ 5,30, mantendo-se nesse patamar até o final de 2025. As projeções econômicas refletem as expectativas do mercado financeiro e a estratégia do Banco Central para a manutenção da estabilidade econômica do país.