Para os anos seguintes, a projeção da inflação permanece em 3,93% para 2024, 3,5% para 2025 e 2026. No entanto, a estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Segundo o BC, o relatório de inflação mostra que a chance de a inflação superar a meta em 2023 é de 67%. Além disso, a projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
O aumento dos preços dos alimentos em novembro pressionou o resultado da inflação, que ficou em 0,28%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação acumulada este ano atingiu 4,04%, e nos últimos 12 meses, o índice está em 4,68%.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa a taxa básica de juros (Selic), que foi definida em 11,75% ao ano. Após sucessivas quedas no primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, o que levou o BC a cortar os juros pela quarta vez no semestre.
A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre 2024 em 9,25% ao ano. A primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está prevista para 30 e 31 de janeiro. Desde março de 2021 até agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas. Depois, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
A expectativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano é de 2,92%. Já para o Produto Interno Bruto (PIB), espera-se um crescimento de 1,51% em 2024, e de 2% em 2025 e 2026. O dólar, por sua vez, está previsto para encerrar este ano em R$ 4,93 e em R$ 5 no fim de 2024.
Com isso, a economia parece se recuperar e as perspectivas para os próximos anos são de crescimento econômico.