As taxas de juros dos empréstimos para o governo, a taxa de câmbio (dólar), o preço das ações e outros indicadores refletem a visão dos investidores e especuladores sobre a economia. A opinião política tem pouca relevância prática nesse contexto, a menos que haja um lobby intenso por parte de influentes do mercado.
Uma pesquisa recente revelou que 90% do mercado avaliava o governo de forma negativa em março de 2023, mas essa percepção mudou rapidamente em julho do mesmo ano, quando houve aprovação de medidas importantes. No entanto, em março deste ano, a avaliação negativa voltou a subir, chegando a 64%.
Outro ponto de destaque na pesquisa foi a percepção sobre a política econômica do governo. Em março do ano passado, 98% consideravam que estava indo na direção errada, mas esse número caiu para 53% em julho de 2023 e subiu novamente para 71% em março deste ano, apesar de nenhuma mudança significativa na política econômica.
Além disso, a pesquisa mostrou que a aprovação da emenda constitucional da reforma administrativa é vista por 56% do mercado como algo que contribui muito para o cumprimento das metas de 2024.
Em relação à imagem do Brasil no exterior, 45% acreditam que piorou desde a posse do atual presidente, enquanto 25% consideram que melhorou. Apesar disso, para a maioria, 53%, Lula é visto como favorito na eleição presidencial de 2026.
Esses números mostram a importância de acompanhar de perto a opinião do mercado financeiro para entender as perspectivas econômicas e políticas do país.






