Mercado de juros busca equilíbrio entre dados econômicos dos EUA e aumento do risco no Tesouro, fechando sessão em leve queda

Na sessão desta quinta-feira, os juros futuros apresentaram um movimento discreto, encerrando praticamente estáveis. O alívio na curva dos Treasuries, causado pela deflação do CPI nos EUA, teve um efeito limitado, enquanto o mercado tentou dar continuidade ao recuo observado nas últimas sete sessões, impulsionado pela melhora no cenário internacional. Contudo, alguns fatores como o dado forte das vendas no varejo, a alta do dólar e o aumento do risco nos leilões de prefixados do Tesouro, acabaram limitando o movimento.

No fechamento, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 e janeiro de 2026 oscilaram levemente, evidenciando uma certa instabilidade no mercado. Já as taxas para janeiro de 2027 e janeiro de 2029 se mantiveram praticamente estáveis, indicando uma certa cautela por parte dos investidores.

A dinâmica da curva de juros foi influenciada pelos eventos do dia, com as taxas oscilando entre altas e baixas ao longo da sessão. A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) surpreendeu no início do dia, impulsionando os juros para cima, mas logo em seguida, o dado da inflação nos EUA freou esse movimento, levando as taxas a uma leve queda.

O índice de preços ao consumidor americano registrou uma queda de 0,1% em junho, indo na contramão das expectativas de alta. Esse cenário fez com que as apostas de corte de juros nos EUA em setembro aumentassem para 90%, influenciando os rendimentos dos Treasuries, que chegaram a uma mínima desde março.

No cenário doméstico, o contágio da instabilidade foi mitigado pelo comportamento do câmbio e pelas vendas no varejo em maio, que apresentaram um crescimento significativo. Com a melhora do ambiente externo, o Tesouro aproveitou para elevar os lotes de prefixados no leilão, com destaque para a demanda integral dos papéis NTN-F, preferidos pelos estrangeiros.

Em resumo, a sessão foi marcada por oscilações moderadas nos juros futuros, com influência de eventos internacionais e domésticos, mas mantendo uma certa cautela e expectativa em relação aos próximos movimentos do mercado financeiro.

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