De acordo com Mattos, a desaceleração do PMI de serviços na China impactou as expectativas sobre a demanda interna, prejudicando o real. No entanto, ele ressalta que o aumento do dólar em relação ao real é limitado pela valorização de commodities e pelo superávit primário do setor público de R$ 1,177 bilhão em março.
O cenário político também tem gerado cautela no mercado de câmbio, com impasses no Congresso em relação à desoneração da folha de pagamento de municípios e à votação de vetos presidenciais. Caso o veto parcial do presidente seja derrubado pelo Congresso, o governo poderá ter um impacto negativo de R$ 5,6 bilhões no orçamento deste ano.
Além disso, o mercado está atento à votação prevista para esta terça-feira na CCJ do Senado, sobre a antecipação de crédito suplementar de R$ 15,7 bilhões à União. Essa medida pode trazer alterações no arcabouço fiscal do país.
No exterior, o minério de ferro teve uma valorização de 2,63% em Dalian, na China, enquanto o petróleo registrou um avanço de cerca de 0,70%. A Saudi Aramco, estatal petrolífera da Arábia Saudita, anunciou que irá elevar os preços do petróleo em junho para clientes do noroeste da Europa, da Ásia e do Mediterrâneo. Por outro lado, a possibilidade de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas é considerada baixa.
Às 10h18, o dólar à vista estava subindo 0,29%, alcançando R$ 5,0843. Enquanto isso, o dólar para junho também registrava um aumento de 0,17%, atingindo R$ 5,0960. O mercado segue atento às movimentações econômicas e políticas, buscando entender o impacto desses eventos na cotação da moeda e nos investimentos.