Para Pereira, que também ocupa o cargo de secretário de Relações Internacionais do PT, essa prerrogativa concedida às bancadas pode gerar distorções no processo de distribuição dos recursos. Ele argumenta que, muitas vezes, candidatos com boas chances de serem eleitos acabam não recebendo investimentos por não serem aliados de determinados parlamentares.
Outra preocupação levantada por Pereira é a possível desvalorização dos 118 deputados estaduais do partido, que não terão direito a essa distribuição de recursos. Segundo ele, conferir prerrogativas exclusivas a um grupo específico de parlamentares vai contra os princípios de igualdade e equidade que são fundamentais para a organização do partido.
Além disso, Pereira ressaltou que o critério adotado pelo PT pode prejudicar os estados onde o partido não elegeu deputados federais em 2022, como Roraima, Rondônia, Amapá, Amazonas, Tocantins, Acre e Mato Grosso. Para ele, a decisão de dar poder de distribuição de recursos apenas às bancadas não é justa e pode comprometer a representação do partido nessas regiões.
A discussão interna no PT em torno desse assunto evidencia as diferentes visões dentro do partido sobre a distribuição de recursos do fundo eleitoral e a condução das estratégias para as próximas eleições.É importante que haja um debate transparente e democrático sobre o tema, para garantir que a decisão final leve em consideração o interesse coletivo e fortaleça a unidade partidária.