Mediana do IPCA de 2024 cai para 4% e inflação de 2025 sobe pela 11ª vez seguida, aponta relatório Focus

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2024 registrou uma queda, passando de 4,02% para 4%. Esta redução interrompe uma sequência de nove semanas consecutivas com alta. Mesmo com essa diminuição, o índice ainda se encontra 1 ponto percentual acima do centro da meta estipulada, que é de 3%. Por outro lado, a mediana para 2025, que é um horizonte relevante para a política monetária, subiu de 3,88% para 3,90%, marcando o 11º aumento consecutivo. Há um mês, essa estimativa era de 3,80%.

Com base nas 59 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o IPCA de 2024 permaneceu em 4,04%. Já a projeção intermediária para a inflação de 2025 teve uma leve queda, passando de 3,90% para 3,88%, considerando as 59 projeções atualizadas no mesmo período.

É importante ressaltar que a partir do próximo ano, a meta de inflação será contínua, calculada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se os índices ficarem acima do teto ou abaixo do piso por seis meses seguidos, será considerado que o objetivo da meta foi perdido.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que o centro da meta continuará em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O alvo e a faixa de variação poderão ser modificados pelo conselho, mediante uma proposta do Ministério da Fazenda e com uma antecedência mínima de 36 meses para que as alterações tenham efeito.

No que diz respeito aos horizontes mais distantes, a mediana do Focus para o IPCA de 2026 permaneceu em 3,60% pela sexta semana consecutiva. Já a estimativa intermediária para 2027 se manteve em 3,50% pela 54ª semana seguida.

O Banco Central espera que o IPCA fique em 4% em 2024, 3,4% em 2025 e 3,2% em 2026, levando em consideração o cenário de referência com a trajetória de juros extraída do Focus. Em um cenário alternativo, com a taxa Selic constante ao longo do horizonte relevante, o BC projeta uma inflação de 4% para este ano e 3,1% para o próximo.

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