MEC discute mudanças na formação de profissionais de apoio escolar, mas proposta gera polêmica entre especialistas.

Na última quinta-feira (10), o Ministério da Educação (MEC) promoveu uma reunião para discutir possíveis mudanças em relação ao profissional de apoio escolar. O encontro contou com a participação de especialistas e teve como base o relatório elaborado por um grupo de trabalho designado para debater diretrizes nacionais sobre a formação e atuação desse profissional.

De acordo com as informações obtidas, uma das propostas discutidas durante a reunião é a equiparação do profissional de apoio escolar ao acompanhante especializado para pessoas autistas, conforme previsto na Lei Berenice Piana. A sugestão é que esses profissionais tenham formação mínima de nível médio, com preferência por capacitação técnica na área da educação, além de participarem de formação continuada de pelo menos 80 horas, sem especificação da área de formação.

A proposta também aborda a questão do atendimento exclusivo de um aluno por profissional, algo que tem gerado debates entre os especialistas. A definição de diretrizes nacionais para os profissionais que trabalham com alunos com deficiência nas escolas foi bem recebida pelos especialistas, que apontaram a falta de um padrão de formação exigida devido às diferentes leis nacionais e locais existentes.

No entanto, houve críticas em relação à equiparação do profissional de apoio ao acompanhante especializado, com alguns especialistas destacando as diferenças nas funções desempenhadas por cada um. A falta de clareza sobre a formação necessária para esse profissional também foi apontada como um ponto de preocupação, principalmente quando se trata de lidar com alunos com necessidades diversas, como deficiência visual, cadeirante e autista.

O MEC informou que irá analisar as sugestões recebidas no evento e buscará aprimorar as propostas apresentadas pelos especialistas. A questão da formação e atuação dos profissionais de apoio escolar permanece em debate, com a necessidade de encontrar um equilíbrio entre as necessidades dos alunos e as capacidades dos profissionais para atendê-los adequadamente.

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