Repórter São Paulo – SP – Brasil

Mata Atlântica: 65% do Brasil coberto por vegetação nativa, mas apenas 35% restam no bioma mais devastado da história.

O Brasil apresenta uma realidade preocupante em relação à cobertura vegetal, com a mata atlântica sendo o bioma mais devastado ao longo da história do país. De acordo com os dados divulgados pela nova coleção do MapBiomas, apenas 35% dessa região possui vegetação nativa, sendo que 25% é composta por florestas densas.

Esse quadro coloca em risco a biodiversidade existente na mata atlântica, uma vez que o que restou de floresta não é suficiente para manter a sua riqueza e equilíbrio ecológico. A perda de 5,2 milhões de hectares de vegetação nativa entre 1985 e 2023 aponta para uma redução de 10% na área total, equivalente ao território do Rio Grande do Norte.

Apesar desses números alarmantes, a Lei da Mata Atlântica, implementada em 2006, gerou um aumento de 800 mil hectares na área florestal, indicando uma coexistência entre desmatamento e regeneração no bioma. O desafio agora é eliminar o desmatamento e potencializar a regeneração florestal para garantir um futuro sustentável.

A mata atlântica, ocupando apenas 15% do território brasileiro, abriga mais da metade da área urbana nacional e 70% da população do país. No entanto, as cidades nessa região têm enfrentado desastres ambientais e escassez de água devido às mudanças climáticas e à degradação do bioma.

Além disso, 35% da área agrícola nacional está localizada na mata atlântica, tornando-se um importante polo de produção de commodities e alimentos. O crescimento da agricultura nessa região entre 1985 e 2022 evidencia a pressão por terra para expansão das cidades e produção agropecuária.

Diante dessa complexidade, a mata atlântica e outros biomas brasileiros enfrentam sérios desafios, mas também têm a oportunidade de se tornarem referências na preservação ambiental e no combate às mudanças climáticas. O mundo possui o conhecimento e os recursos necessários para alcançar metas importantes, como a redução do aquecimento global, e cabe às instituições públicas e privadas tomarem as decisões que definirão o futuro do planeta.

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