Marine Le Pen em julgamento por suspeita de desvio de fundos públicos no Parlamento Europeu há 20 anos: “Não cometi irregularidades”

No decorrer das últimas semanas, o partido Reunião Nacional, liderado por Marine Le Pen, tem estado no centro de um julgamento por suspeita de desvio de fundos públicos. A líder da extrema direita compareceu ao tribunal e, em seu depoimento, afirmou ter escolhido seus assistentes parlamentares de forma consciente, garantindo que iriam trabalhar com os demais eurodeputados.

No entanto, Le Pen admitiu que terá dificuldades em fornecer detalhes sobre o caso, que remonta a 20 anos atrás. A acusação inclui não apenas a líder política, mas também outras 24 pessoas, incluindo ex-deputados e assistentes parlamentares, todos suspeitos de participarem de um esquema de pagamento centralizado, no qual funcionários que trabalhavam para o partido eram remunerados de forma irregular.

Durante seu depoimento, Marine Le Pen evitou responder a perguntas diretas, mas fez questão de destacar o contexto em que atuava no Parlamento Europeu. Ela mencionou o crescimento do partido ao longo dos anos e a necessidade de um grupo de assistentes parlamentares para realizar diversas tarefas administrativas.

A líder da Reunião Nacional reiterou diversas vezes que não possui a menor sensação de ter cometido qualquer irregularidade ou ilegalidade. No entanto, o tribunal lembrou a ela declarações de ex-eurodeputados que indicavam que alguns assistentes parlamentares não desempenhavam suas funções.

O julgamento continua em andamento, com a data de encerramento marcada para 27 de novembro. A defesa de Marine Le Pen segue argumentando sua inocência, enquanto a acusação busca provar a participação da líder política no esquema de desvio de verbas do Parlamento Europeu. A situação permanece delicada e a repercussão do caso continua a gerar discussões acaloradas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo