Ao analisar a renda familiar dos aprovados, foi constatado que 78% deles têm uma renda entre 1 e 5 salários mínimos. Além disso, cerca de metade dos candidatos afirmaram exercer alguma atividade no mercado de trabalho, totalizando 51,30% dos aprovados. Esses dados foram revelados em um relatório socioeconômico elaborado pela FAT (Fundação de Apoio à Tecnologia), instituição responsável pelo processo seletivo das unidades do CPS (Centro Paula Souza), e foram respondidos pelos candidatos durante a inscrição para o exame.
O relatório ainda ressalta o caráter inclusivo do Ensino Técnico, uma vez que 86,79% dos ingressantes apontaram se enquadrar nos critérios da política afirmativa do CPS, o Sistema de Pontuação Acrescida. Esse sistema confere acréscimo de nota a candidatos autodeclarados afrodescendentes ou que cursaram todo o Ensino Fundamental II em escolas públicas.
Dentre as razões apontadas pelos aprovados para cursar um curso técnico, destacam-se a perspectiva de melhoria no desempenho profissional, o interesse na área do curso escolhido, a expectativa de conseguir emprego na área e a possibilidade de ascensão na carreira. Além disso, 48,70% dos novos alunos não estão trabalhando, demonstrando que o curso técnico é visto como uma oportunidade de qualificação profissional.
Esses dados refletem a importância e a relevância do Ensino Técnico como uma ferramenta de capacitação e inclusão socioeconômica, atendendo às demandas e expectativas dos estudantes que buscam se qualificar e se inserir no mercado de trabalho.