Observando atentamente seus cabelos escuros no espelho, uma mãe relata a experiência do desmame tardio de sua filha de dois anos e meio. Anos atrás, seu cabelo não tinha essa cor, antes das luzes anuais. A sensação de regressar à sua coloração natural ganha agora um significado especial.
Este processo de desmame revela-se um sinal do vazio que ela sente há onze dias. Ela recorda os momentos em que foi desaconselhada a amamentar, seja por uma dor no ombro ou pela necessidade de retomar a medicação para o colesterol, interrompendo o aleitamento materno.
Apesar das previsões de que a filha não aguentaria o desmame, o processo foi combinado e superado, indicando a determinação da mãe e a compreensão da criança. Este relato traz à tona a dor do término deste ciclo, um luto silencioso, pouco discutido, apesar de sua relevância e importância para muitas mães.
A mãe destaca também a falta de informações sobre este momento delicado e a ausência de preparo para o vazio que se instala após a amamentação, um elo tão profundo entre mãe e filha. Ela expressa a perplexidade de ver um novo vínculo emergir após o fim da amamentação, sem que isso diminua a dor da despedida.
A necessidade de aceitar a dor e aguardar sua passagem é ressaltada, assim como a importância de encontrar um novo equilíbrio na maternidade após este encerramento.
Este relato mostra a complexidade e a intensidade das emoções envolvidas no desmame tardio, apresentando um olhar sensível e realista sobre este momento tão marcante na vida de mães e filhos. A jornada da amamentação, desde o início até o seu término, revela-se um processo de transformação e superação, trazendo à tona a importância de valorizar e compreender as emoções associadas a esta fase da maternidade.
