Lula pede atenção aos ministros para prioridade na gestão do Brasil durante presidência brasileira no G20 em 2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de instalação da Comissão Nacional para a Coordenação da Presidência do G20, no Palácio do Planalto, onde pediu atenção a seus ministros para que não se esquecessem de que a prioridade do governo é a gestão do próprio país, embora coordenar o grupo das 20 maiores economias do mundo seja uma grande responsabilidade internacional.

Durante o encontro, Lula enfatizou que o ano que vem será o momento de colocar o pé na estrada, visitar o país e conversar com a população, que tem expectativas de que as necessidades estabelecidas durante o processo eleitoral sejam atendidas. Ele também destacou que esse será o ano de reconstruir o que foi necessário recolocar no Brasil.

A presidência brasileira no G20 terá um papel crucial na agenda do bloco, já que o país sediará mais de 100 reuniões oficiais em diversas cidades, incluindo cerca de 20 reuniões ministeriais, 50 reuniões de alto nível e eventos paralelos, culminando na 19ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo em novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

Além disso, a presidência brasileira no G20 criará um canal de diálogo entre os chefes de Estado e governo e a sociedade civil e buscará uma aproximação entre diversas instâncias para trabalharem de forma mais coordenada. O Brasil também terá duas forças tarefas no bloco, uma contra a fome e a desigualdade e a outra contra a mudança do clima.

As prioridades da agenda do G20 incluem a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza, o enfrentamento das mudanças climáticas, com foco na transição energética, e a reforma das instituições de governança global, que reflitam a geopolítica do presente.

Lula defende que o modelo atual de governança, criado depois da Segunda Guerra Mundial, não representa mais a geopolítica do século 21 e que é preciso uma representação adequada de países emergentes em órgãos como o Conselho de Segurança das Nações Unidas e em instituições de financiamento.

Por fim, o presidente destacou a necessidade de rediscussão sobre a questão do financiamento para países pobres, citando a dívida da Argentina com o FMI e o endividamento de países africanos, afirmando que, se não houver uma revisão sobre como fazer financiamento para os países pobres, os ricos vão continuar ricos e os pobres, pobres. Ele ressaltou que é preciso uma solução para que aqueles que estão com fome deixem de passar necessidade.

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