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Lula exalta missão das Forças Armadas e anuncia alistamento militar feminino durante comemoração dos 25 anos do Ministério da Defesa

Em um evento com militares para celebrar os 25 anos da criação do Ministério da Defesa, o presidente Lula (PT) fez uma afirmação contundente nesta quarta-feira (28). Ele ressaltou que a verdadeira missão das Forças Armadas é garantir a ordem e não atuar em nome de ideologias ou pretensões políticas individuais. Essa declaração veio em meio a um momento importante para as Forças Armadas, com o anúncio oficial da permissão inédita para mulheres se alistarem no serviço militar, com a oferta inicial de 1.500 vagas.

Durante seu discurso, Lula destacou que “o lugar da mulher é onde ela quiser”, ao elogiar a decisão das Forças Armadas. Além disso, o presidente exaltou seu ministro da Defesa, José Múcio, afirmando que a história reconhecerá Múcio como o “maior ministro da Defesa” da história do Brasil. Múcio, por sua vez, anunciou a transferência do programa Calha Norte para o Ministério do Desenvolvimento Regional, além da abertura de concurso para a carreira civil de defesa.

A presença da primeira-dama Janja no evento foi destacada, já que não é comum vê-la participando das cerimônias das Forças Armadas. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, também foi alvo de comentários, tendo sido escolhido para o cargo para servir como interlocutor com as Forças Armadas após a gestão de Jair Bolsonaro.

A permissão para o alistamento de mulheres no serviço militar foi um dos pontos altos do evento, sendo uma iniciativa inédita nas Forças Armadas brasileiras. O recrutamento terá início em 2025, com a incorporação prevista para 2026. As mulheres recrutadas poderão atuar em diferentes áreas das Forças Armadas, como bases administrativas, hospitais, centros de ensino, entre outros.

Essa medida inédita vem após um período de estudos em conjunto com o Ministério da Defesa e se baseia em modelos de outros países, como o Chile. A proposta inicial de reservar 20% das vagas do alistamento militar para mulheres não foi aceita pelas Forças Armadas, que consideraram a taxa muito alta para um período de transição.

Com essas mudanças e avanços, as Forças Armadas brasileiras buscam se modernizar e se adaptar aos novos tempos, garantindo a inclusão e igualdade de gênero em suas fileiras.

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