Segundo o ex-presidente, é importante ter em mente que o PT só conta com 50 deputados de 513, e que a esquerda toda não deve ter mais de 130 deputados, o que torna necessária a capacidade de negociação para aprovar qualquer medida. No entanto, Padilha rebateu as notícias, classificando-as como “fofoca”, e se recusou a comentá-las.
Após as declarações de Lula e Padilha, o ministro, em evento no Palácio do Planalto, afirmou estar satisfeito com a aprovação de medidas no final do ano legislativo e se negou a comentar as críticas, reforçando que mantém uma relação de profundo respeito com todos os deputados e senadores. Além disso, Padilha ressaltou sua experiência como político, se mostrando confiante em sua atuação.
No entanto, as reclamações em relação à atuação de Padilha não se restringem apenas a Lula. Líderes de partidos do centrão também expressaram insatisfação com o ministro, alegando falta de traquejo nas negociações políticas e descumprimento de acordos. A articulação do Executivo na Câmara e no Senado tem sido alvo frequente de críticas por parte dos parlamentares desde o início do mandato de Lula.
Apesar das negativas do Palácio do Planalto sobre insatisfação com Padilha, as críticas continuam a se acumular, apontando para a necessidade de mudanças no governo para garantir uma base de apoio sólida no Congresso. Em um recente encontro com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Lula ouviu queixas sobre a atuação de Padilha e a falta de cumprimento de acordos.
A avaliação crítica sobre Padilha também se estende aos líderes do governo na Câmara e no Senado, o que indica um cenário de descontentamento generalizado em relação à articulação política do governo. Apesar de afirmar que está satisfeito com sua atuação e confiante em sua capacidade política, Padilha parece enfrentar um momento delicado em sua posição de articulador político do governo.