O presidente participou como convidado da 37ª Cúpula da União Africana, reunindo chefes de estado e membros de governos dos 54 países africanos. Durante o evento, os líderes políticos discutiram propostas para uma reforma no sistema financeiro internacional. Lula fez menções diretas ao FMI e ao Banco Mundial, sugerindo a conversão das dívidas dos países africanos em investimentos direcionados para o desenvolvimento do continente.
Além disso, o presidente indicou que a Cúpula do G20 será o momento ideal para discutir estas questões. O Rio de Janeiro, que sediará o evento em novembro, está se preparando para receber as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. Esta será a primeira vez que o Brasil assumirá a presidência rotativa do G20, estabelecido em 2008.
Lula também abordou a necessidade de discutir o funcionamento das Nações Unidas (ONU) no G20, criticando o Conselho de Segurança por ser composto pelos maiores produtores de armas que têm o direito de veto e não cumprem as resoluções. Ele enfatizou a necessidade de uma representação mais robusta na ONU, com o fim do direito de veto e mais países membros. Além disso, o presidente condenou a falta de ação da ONU diante do conflito na Faixa de Gaza, chamando a invasão israelense na região de “genocídio” e “chacina”.
Portanto, as declarações do presidente Lula indicam a intenção do Brasil de levar para a Cúpula do G20 discussões sobre mudanças no sistema financeiro internacional, o funcionamento das Nações Unidas e a representatividade no Conselho de Segurança. Essas questões demonstram a preocupação do país em buscar soluções para os desafios globais e promover um ambiente mais justo e igualitário.