Lula destacou a importância de reconhecer e corrigir a dívida histórica deixada pela supremacia branca no país desde a sua descoberta. O presidente afirmou que o objetivo das ações é recompor a realidade de uma sociedade democrática. Além disso, Lula aproveitou a oportunidade para criticar o governo de Jair Bolsonaro, embora sem citar diretamente o ex-presidente, e comparou as políticas sociais do Executivo ao conflito entre Hamas e Israel na Faixa de Gaza.
O discurso do presidente foi mais breve do que o habitual, e ele passou a palavra para a deputada Benedita da Silva, do PT-RJ, uma das principais lideranças negras da história do partido. Durante o evento, Lula anunciou a titulação de cinco territórios quilombolas, sendo dois federais e três estaduais, como parte de um conjunto de 13 iniciativas apresentadas no ‘Pacote pela Igualdade Racial’, que conta com um investimento de R$ 9 milhões e envolve a participação de dez ministérios e órgãos federais.
Entre as medidas anunciadas, estão a regularização fundiária quilombola e a destinação de recursos para cursos de capacitação e formação empreendedora para comunidades negras, quilombolas, indígenas, ciganas e pessoas com deficiência. Além disso, Lula também assinou um decreto presidencial reconhecendo o Hip-Hop como referência cultural brasileira e estabelecendo diretrizes nacionais para valorização dessa cultura.
A cerimônia realizada no Dia da Consciência Negra foi marcada por um discurso emocionado do presidente, que reforçou a importância de combater a desigualdade racial e reconhecer a contribuição das comunidades negras para a construção da sociedade brasileira. As medidas anunciadas buscam, segundo o presidente, corrigir injustiças históricas e garantir oportunidades iguais para todos os cidadãos brasileiros, independentemente de sua origem étnica.