Lula alerta para os impasses políticos e financeiros que impedem assinatura de acordo entre Mercosul e França

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recentemente fez declarações sobre as dificuldades e oposições que têm surgido em relação ao acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. Durante uma entrevista, Lula admitiu ter conversado com o presidente francês Emmanuel Macron a respeito do assunto e destacou a relutância de vários líderes europeus em assinar o acordo.

Lula alertou que o presidente francês não é o único a se opor ao acordo, mencionando que nenhum presidente francês se comprometeu com o acordo devido a problemas políticos e financeiros com os produtores franceses. No entanto, também ressaltou que a posição de Macron ainda não é definitiva e que ainda há esperança de que ele possa reconsiderar e assinar o pacto.

Além disso, Lula revelou que conversou com o chanceler alemão, Olaf Scholz, em uma tentativa de persuadir Macron a apoiar a parceria comercial entre as duas regiões. Ele também destacou a oposição do novo presidente da Argentina, Javier Milei, à assinatura do acordo, enquanto a data limite para a assinatura se aproxima.

Por outro lado, o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, criticou a oposição ao acordo, chamando-a de “irrazoável” e afirmou que vai continuar lutando pela sua aprovação até o último momento. Ele enfatizou a importância do acordo para o avanço comercial, político e econômico do Brasil e demonstrou determinação em seguir em frente, apesar das dificuldades.

Lula, por sua vez, demonstrou otimismo em relação ao desfecho do acordo, afirmando que continuará lutando pelo seu sucesso e que está disposto a conversar com todos os presidentes envolvidos, mesmo que isso signifique ouvir rejeições. Ele enfatizou sua crença na possibilidade de um desfecho positivo e afirmou que continuará persistindo até encontrar uma solução viável.

Vale ressaltar que o acordo entre a UE e o Mercosul é considerado estratégico para ambas as regiões, visto que busca estabelecer uma área de livre comércio entre os dois blocos. No entanto, as polêmicas e oposições que têm surgido colocam em xeque a concretização desse pacto econômico e político. A data final para a assinatura está marcada para 7 de dezembro, e as negociações continuam em um estado de incerteza.

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