Lucro da Vale cai 3,4% por queda no preço do minério de ferro; acordo de reparação de Mariana assinado nesta sexta-feira.

No terceiro trimestre de 2024, a Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, registrou uma queda de 3,4% no lucro, totalizando R$ 13,4 bilhões. Esse resultado é reflexo da pressão causada pela diminuição do preço do minério de ferro, principal produto da empresa. Além disso, a mineradora anunciou a assinatura do acordo final para a reparação dos danos causados pela tragédia de Mariana, em Minas Gerais.

Esse foi o último balanço trimestral divulgado pela gestão do ex-presidente Eduardo Bartolomeo, que foi sucedido por Gustavo Pimenta no início de outubro. O novo presidente afirmou que pretende tornar a Vale uma companhia mais ágil e eficiente, promovendo a inovação e um ambiente de alto desempenho dentro da empresa.

Durante o terceiro trimestre, a Vale registrou uma receita de R$ 37,7 bilhões, representando um aumento de 10% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, o Ebitda, indicador que mede a geração de caixa, apresentou uma queda de 7,5%, totalizando R$ 20 bilhões.

O destaque do trimestre foi o crescimento de 5,5% na produção de minério de ferro, atingindo 91 milhões de toneladas, o maior valor desde o último trimestre de 2018. Esse aumento foi essencial para compensar a queda de 14% no preço dos finos de minério de ferro, que foi de US$ 90,6 por tonelada.

Além disso, a Vale acumula um lucro de R$ 36,3 bilhões no ano, representando um aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2023. A empresa também anunciou um acordo de aproximadamente R$ 170 bilhões para a reparação dos danos provocados pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana, Minas Gerais.

Essa assinatura do acordo era uma das prioridades da nova gestão da Vale, que também pretende fortalecer o relacionamento com diversos públicos de interesse, incluindo governos, e ampliar a produção de cobre. Com essas medidas, a empresa busca garantir um impacto positivo para a sociedade e o meio ambiente, além de reduzir incertezas sobre os valores das reparações, um dos principais riscos para a companhia, segundo o Goldman Sachs.

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