Internacionalmente, a obra já foi publicada em mais de 20 países e traduzida para pelo menos 14 idiomas. Nos Estados Unidos, foram vendidos mais de 600 mil exemplares, enquanto no Reino Unido ultrapassou a marca de 100 mil cópias vendidas.
O sucesso de “A Geração Ansiosa” reflete a preocupação global em relação aos impactos do uso excessivo de celulares por crianças e adolescentes, conforme abordado no livro de Haidt. A editora teve que antecipar o lançamento brasileiro devido à enorme demanda, com 5.000 exemplares vendidos apenas na pré-venda, um recorde para a Companhia das Letras.
Além disso, a tiragem inicial de 25 mil exemplares de “A Geração Ansiosa” esgotou rapidamente, resultando em duas novas reimpressões de 15 mil e 10 mil cópias. Esse desempenho representa uma exceção no mercado editorial brasileiro, onde a tiragem média costuma girar em torno de 3.000 exemplares.
O lançamento do livro no Brasil foi marcado por um evento especial no Cinesala, em São Paulo, que contou com a presença de pais, professores e demais interessados no tema. A palestra do pediatra Daniel Becker, que endossa as informações apresentadas por Haidt no livro, destacou a importância de restringir o acesso de crianças e adolescentes a smartphones e redes sociais.
A presença de figuras públicas e o apoio de movimentos como o Desconecta evidenciam a relevância do debate sobre o uso responsável da tecnologia na infância e adolescência. Projetos de lei, como o proposto pela deputada Marina Helou em São Paulo, também sinalizam a preocupação das autoridades em relação a esse tema.
O fenômeno editorial de “A Geração Ansiosa” reflete não apenas a qualidade do trabalho de Jonathan Haidt, mas também a urgência em repensar a relação de crianças e jovens com as telas, em meio a uma sociedade cada vez mais digitalizada e conectada. O livro se tornou mais do que um best-seller, é uma ferramenta essencial para pais, educadores e profissionais que buscam compreender e lidar com os desafios da chamada “geração ansiosa”.
