A declaração, assinada pelo Secretário-Geral da Liga dos Estados Árabes, Ahmed Aboul Gheit, e pelo presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki, foi publicada no último domingo (15) após uma reunião no Cairo, no Egito. Ambos os líderes ressaltaram a urgência de uma ação coletiva e imediata para evitar um ataque prolongado contra os palestinos, que resultaria em um genocídio sem precedentes, com um grande número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças.
O comunicado ainda ressaltou a crise humanitária que se agrava em Gaza, com escassez de água, eletricidade e um sistema de saúde à beira do colapso. Diante desse cenário, foi enfatizada a necessidade de criação de um corredor humanitário para fornecer ajuda à população e socorrer os feridos. No entanto, ressaltaram que o castigo coletivo não pode ser aceito como uma solução.
A Liga dos Estados Árabes é uma organização formada por 22 países árabes, enquanto a União Africana engloba todos os 55 países africanos. Ambas as entidades destacaram que a solução política baseada na criação de dois Estados continua sendo a única garantia de segurança e paz para a região.
O presidente da União Africana, Moussa Faki, reforçou a posição já publicada anteriormente após os atentados do Hamas contra Israel, ressaltando que a negação dos direitos fundamentais do povo palestino é a principal causa da tensão entre israelenses e palestinos.
Em uma reunião do Conselho de Ministros Árabes da Justiça, em Bagdá, no Iraque, o secretário-geral da Liga Árabe, Aboul Gheit, comentou novamente sobre o assunto. Ele reiterou que o ataque a Gaza tem como objetivo punir o povo palestino coletivamente e até mesmo exterminá-lo. Gheit também condenou a comunidade internacional, afirmando que o massacre em Gaza continua sendo uma vergonha para Israel e um crime para a consciência global, que permanece em silêncio.
Diante desse cenário, a Liga dos Estados Árabes e a União Africana convocam a comunidade internacional e as Nações Unidas a agirem antes que seja tarde demais. A situação em Gaza é precária, e a falta de medidas para evitar a violência resultará em uma catástrofe humanitária de proporções devastadoras. É essencial que os líderes globais assumam uma posição firme em defesa dos direitos do povo palestino e trabalhem para alcançar uma solução política justa e duradoura na região.