O crime chocou a comunidade e despertou a indignação do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Maranhão (CEDDH/MA), que exigiu uma rápida intervenção das autoridades de segurança pública para solucionar o caso. O conselho também manifestou sua revolta com a demora do Incra em conceder a titulação do território, lembrando que, desde 2005, já foram registrados 50 assassinatos de quilombolas no estado.
Em resposta à tragédia, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) divulgou uma nota lamentando profundamente a morte de Doka. O texto expressa condolências à família e aos amigos do líder quilombola e reafirma o compromisso do ministério com a luta por um país mais justo e igualitário. O MDHC ressalta a importância da figura dos defensores de direitos humanos e destaca a perda que a sociedade brasileira sofre quando eles são silenciados.
O ministério também reconhece a necessidade de titulação dos territórios quilombolas, como o de Monge Belo, onde Doka vivia. Segundo a pasta, a garantia oficial de posse nesses territórios é fundamental para trazer segurança jurídica e acabar com os constantes conflitos fundiários que colocam em risco as lideranças quilombolas.
No momento, é essencial que os familiares de José Alberto recebam a assistência necessária, que as investigações sejam conduzidas de forma ágil e diligente para que os responsáveis pelo crime sejam punidos de acordo com a lei, e que a titulação do território quilombola de Monge Belo avance. É um momento de luto e de reflexão sobre as violações de direitos humanos que ainda afetam o povo brasileiro.
É importante que esse crime não seja apenas mais um na estatística, mas sim um marco que impulsione ações concretas para a proteção das comunidades quilombolas e a efetiva titulação de seus territórios. A sociedade precisa se unir para garantir que casos como esse não se repitam e que a luta de líderes como Doka não seja em vão. Somente assim poderemos construir um país verdadeiramente justo e igualitário.