De acordo com o senador, o relator do projeto ainda está trabalhando no texto, que tem gerado diversas reclamações de setores da sociedade. Ele ressaltou que algumas questões podem causar problemas, já que a Câmara dos Deputados aprovou o texto com certa rapidez. A pressão para incluir as novas alíquotas de imposto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi classificada por Wagner como absurda, ressaltando que “há um mau hábito no Brasil de achar que para algo funcionar, precisa estar na Constituição”.
O senador também defendeu a aprovação do projeto como um todo, sem fatiá-lo. Essa ideia vem sendo levantada como uma opção para facilitar a aprovação dos pontos que enfrentam menos resistência. Wagner deve acompanhar o presidente Lula em um encontro com empresários ainda nesta noite, promovido pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O jantar contará com a presença do líder da entidade, Josué Gomes da Silva, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Durante a viagem, Lula tem uma agenda focada em reuniões bilaterais e participações em eventos. A assessoria do ex-presidente informou que não estão previstas outras agendas para este domingo, além do encontro com empresários. Até o momento, apenas uma reunião bilateral foi confirmada, entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na próxima quarta-feira. Os dois participarão também de um evento para lançar uma iniciativa sobre trabalho decente no século 21.
Existe um pedido informal de encontro entre Lula e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. O governo brasileiro ofereceu duas opções de data, mas ainda não há confirmação. A relação entre os dois líderes é turbulenta e no início do ano houve uma tentativa de encontro durante o G7, que acabou não acontecendo. A equipe de política externa do governo informou que mais de 50 pedidos de encontros bilaterais e participações em eventos foram feitos para Lula durante sua estadia em Nova York.
Lula abrirá o debate de alto nível do encontro anual das Nações Unidas nesta terça-feira, sendo tradicionalmente o primeiro a falar em nome do Brasil.