Caso seja eleita, Harris terá que decidir rapidamente quais mudanças deseja fazer nos principais cargos econômicos, buscando aconselhamento tanto de membros atuais e ex-membros da administração de Joe Biden quanto do setor privado.
Uma vitória de Harris traria menos turbulência para a economia do que uma possível reeleição de Trump, que prometeu implementar cortes de impostos e aumentar tarifas sobre importações. A vice-presidente centralizou sua campanha em uma abordagem mais centrada e pragmática, demonstrando abertura para ouvir a América corporativa.
No que diz respeito à escolha do próximo secretário do Tesouro, Wally Adeyemo é considerado um sucessor natural por sua proximidade com Harris e por suas habilidades políticas. Outra opção é Lael Brainard, diretora do Conselho Econômico Nacional e ex-funcionária do Federal Reserve.
Durante sua campanha, Harris reuniu uma equipe de conselheiros econômicos, contando com a experiência de Brian Nelson, Gene Sperling, Brian Deese, Mike Pyle e Rohini Kosoglu. Espera-se que ela inclua funcionários de Biden em sua administração, mas não tantos da ala progressista do Partido Democrata.
Uma das principais diferenças na abordagem econômica de Harris em relação a Biden é sua relação e disposição para se envolver com executivos de negócios, levando a especulações de que alguns desses executivos poderiam ocupar cargos importantes em sua administração, caso seja eleita. A vice-presidente também possui conexões profundas com o Vale do Silício, mostrando sua proximidade com o setor de tecnologia. No entanto, Harris ainda não se pronunciou sobre possíveis substituições em cargos regulatórios importantes, como Gary Gensler e Lina Khan, que são vistos com desconfiança por Wall Street e pela América corporativa.